Oi deve buscar um novo presidente no mercado
Analistas de mercado disseram que a companhia provavelmente contratará uma consultoria
A Oi buscará um novo diretor-presidente no
mercado nos próximos meses, afirmam fontes do mercado, que preferiram
não ser identificadas. Hoje pela manhã, a companhia indicou José Mauro
Mettrau Carneiro da Cunha para ocupar o cargo em substituição a
Francisco Tosta Valim Filho. Carneiro da Cunha se licenciou da função de
presidente do conselho da Oi. No comunicado
publicado pela companhia hoje na Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
não ficava claro se ele assumiria o cargo de forma interina ou
permanente.
Analistas de mercado ouvidos pelo Valor disseram que a companhia
provavelmente contratará uma consultoria para buscar um novo executivo
no mercado. O nome considerado o “mais óbvio” para ocupar o cargo seria
Roberto Lima, ex-presidente da Vivo e um dos executivos cotados para
comandar a Oi à época da saída de Eduardo Falco, em junho de 2011. “Mas o
mais provável é que Carneiro da Cunha ocupe o cargo pelo menos até a Oi
divulgar o seu balanço, em fevereiro”, disse uma das fontes.
Porém, fontes próximas a Roberto Lima disseram que ele não tem nenhuma negociação em andamento com a Oi.
No começo do mês, a Oi adiou o “Investor Day”, evento
que estava programado para 4 de março no Rio de Janeiro e 7 de março em
Nova York. A companhia alegou problemas logísticos para manter a data,
mas não informou
uma nova agenda para o evento. “Talvez a Oi reveja algumas das metas
que estabeleceu o ano passado para os próximos anos”, disse outra fonte,
que não quis ser identificada. A companhia tinha como meta atingir um
Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de R$
8,8 bilhões em 2012. De janeiro a setembro, obteve um Ebitda de R$ 6,3
bilhões.
Um dos analistas afirmou que, para manter essas metas, a Oi
precisaria de um presidente com um perfil diferente de Carneiro da
Cunha, de preferência, que tivesse experiência à frente de uma
operadora. Essa fonte observou que o novo presidente teria que ser
brasileiro, respeitando as regras do estatuto da Oi. “A Oi já foi a
última a entrar no mercado de TV paga e de telefonia móvel. Ela precisa de um presidente com uma postura mais ativa que reativa”, disse.
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