Consuma mais zinco e deixe sua saúde protegida
Mineral é essencial para fortalecer o sistema imunológico
Ter uma alimentação rica em minerais é
essencial para manter a saúde em dia. Mas, entre tantos nutrientes, um
deles assume papel de destaque: o zinco. "Esse mineral é essencial para
que nosso corpo continue funcionando de maneira eficiente.
Ele nos protege de um número grande de doenças e ajuda a combater
outras que já se instalaram em nosso organismo", diz a nutricionista
Natalia Lauterbach, da rede Mundo Verde, em São Paulo.
A falta de zinco na alimentação é um problema sério, que
segundo a Organização Mundial da Saúde, está ligada a muitos casos de
mortes, já que esse mineral tem função importante em nosso sistema
imunológico. O problema é mais comum em países menos desenvolvidos, mas a
carência de zinco atinge também países mais ricos. De acordo com a OMS,
a população brasileira tem um consumo
moderado de zinco, mas não o ideal, ficando abaixo de países como
Uruguai, Chile e Venezuela. "O consumo mínimo indicado de zinco é de
sete miligramas por dia para as mulheres e nove para os homens, mas pode
variar conforme a idade. Para os idosos, por exemplo, o número sobe
para oito entre as mulheres e 11 para os homens. No Brasil, temos um
número um pouco inferior a esse", diz a nutricionista.
O principal papel do zinco no organismo acontece no sistema
imunológico. "O zinco é importante tanto para a síntese de células
imunológicas como em sua ação de defesa contra vírus, bactérias e fungos", diz Natália Lauterbach.
De acordo com a OMS, pessoas que não consomem quantidades suficientes
de zinco têm maiores chances de sofrer com ação de agentes infecciosos,
e por isso, passam mais tempo doentes se comparadas com aquelas que têm
uma ingestão de zinco adequada.
O zinco também protege
o organismo por ter ação antioxidante, diminuindo a quantidade de
radicais livres em nosso corpo. Esse tipo de molécula, afeta
negativamente as funções das células, aumentando as chances de
desenvolver tipos diferentes de câncer.
Além disso, aproximadamente 100 enzimas diferentes precisam do zinco
para conseguir catalisar reações químicas que mantém as funções
celulares eficientes. Por isso, o zinco, além de ter papel importante em
nossa imunização, ainda ajuda praticamente todo o corpo a funcionar
melhor.
Nutrição infantil
O zinco é ainda mais importante para as crianças. A ingestão adequada
desse mineral é essencial para que os pequenos cresçam de forma
saudável. De acordo com a OMS, algumas das maiores causas de morte
infantil são diarreia- que ainda causa 18% das mortes entre crianças no
mundo- e pneumonia, dois problemas que tem relação direta com a falta de
zinco.
"O sistema imunológico das crianças é mais frágil que o dos adultos,
por isso uma alimentação rica em zinco é essencial", diz a
nutricionista. Para se ter uma ideia da importância do zinco na
alimentação de uma criança, uma das ações mais realizadas pela
Organização Mundial da Saúde para diminuir os casos de mortalidade
infantil em países pobres é incluir suplementos de zinco na dieta. Desde
que essa medida foi adotada no final da década de 1980, os casos de
morte por diarreia no mundo em crianças com menos de cinco anos caíram
de 4,5 milhões para 1,8 milhões em 2006.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Unicef em 2009, suplementos
de zinco para gestantes pode prevenir várias complicações durante o
parto e ainda ajudar o bebê a ganhar peso após o nascimento, reduzindo o
risco de infecção. Por isso, é indicado que as grávidas consumam,
diariamente 12 mg de zinco.
Sintomas da falta de zinco
Como o zinco atua em diversas funções de nosso corpo, a falta dele
tem consequências, como fragilidade do sistema imunológico, ferimentos
que não cicatrizam, dificuldade de sentir gosto salgado de alimentos,
problemas na pele (psoríase), aumento dos níveis de glicose no sangue,
pele seca e amarelada e mau funcionamento do fígado.
"Entre todos esses problemas, o que mais preocupa é o efeito que a
falta de zinco provoca sobre o sistema imunológico. Isso faz com que o
organismo fique muito mais exposto a todas as doenças infecciosas",
explica a nutricionista.
Fontes de zinco
Carne vermelha
Uma alimentação balanceada fornece as quantidades diárias de zinco
para que nosso corpo fique protegido. Os alimentos campeões desse
nutriente são as ostras, mas outras fontes mais comuns podem fazer parte
de nosso cardápio diário.
"Uma dieta com oleaginosas, como nozes e castanhas, todos os tipos de
carne, arroz e pão integrais já faz o nosso sistema imunológico
funcionar melhor", diz a nutricionista. Além desses alimentos, a semente
de abóbora, aveia, feijão e leite integral também são boas fontes desse
mineral.
Mas, em alguns casos, apenas a alimentação não consegue fornecer ao
corpo a quantidade que falta de zinco. "Alimentos são sempre a melhor
opção, mas em alguns casos, com o aconselhamento de um médico, é
necessário investir nos suplementos para atingir as doses diárias desse
mineral", diz Natalia Lauterbach.
Além disso, de acordo com a nutricionista, pessoas que sofrem com
acrodermatite enteropática (falta de absorção de zinco pelo intestino),
diabetes, transtornos alimentares, doenças intestinais e doenças renais
podem precisar de suplementos de zinco para compensar a falta de
absorção causada por esses problemas.
De acordo com o U.S. Department of Agriculture, várias porções de
alimentos devem ser combinadas para que a cota diária do mineral seja
atendida. Para ilustrar esta recomendação, podemos dizer que uma porção
de carne bovina (4 mg de zinco), duas de arroz integral (2 mg), e duas
de leite (2 mg) por dia fornecem no total 8 mg de zinco, o que
representa o consumo indicado para adolescentes e adultos.
Consumir durante o dia uma porção de pão integral (1,6 mg), farelo de
aveia (2,9 mg) duas porções de arroz integral(2,0 mg), feijão (1,15mg)
uma de carne de frango (1,5mg) já é o suficiente para um adulto atingir
as quantidades recomendadas desse mineral.
Excesso também faz mal
Mesmo que esse mineral seja essencial para o nosso organismo,
consumi-lo em excesso (mais de 50 miligramas por dia durante semanas),
pode fazer mal à saúde. Isso acontece por causa da relação do mineral
com as moléculas de cobre no organismo. "Quando os níveis de zinco estão
muito altos em nossa corrente sanguínea, a quantidade de cobre diminui,
deixando a pessoa com deficiência desse outro mineral", explica a
nutricionista.
Os principais sintomas de excesso de zinco e falta de cobre no
organismo são diarreia, sonolência, letargia, enjoo e vômitos
frequentes. "Por isso, antes de tomar suplementos, é preciso saber se
eles são realmente necessários e qual a dose indicada", diz a
especialista.
Fonte: WSCOM
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