IBGE: indústria troca contratação por horas extras
Eles temem que o aumento de produção não se confirme
O emprego na indústria segue crescendo,
segundo o economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) Rodrigo Lobo, ao analisar a Pesquisa Industrial Mensal de
Emprego e Salário referente a abril, divulgada nesta quarta-feira, 12.
O principal indicador de crescimento
é visualizado nas estatísticas relativas ao número de horas pagas, que
avançou 1,0% ante março, o maior crescimento desde outubro (1,1%), e
0,1% em comparação a igual mês de 2012.
"Com o aumento da produção industrial, em vez de os empresários
contratarem mais pessoas estão preferindo aumentar a carga de trabalho
dos seus empregados, pagando horas extras. Eles temem que o aumento de
produção não se confirme. Mas se o movimento se der de forma continuada, haverá aumento do número de trabalhadores", avaliou o economista.
Além disso, a melhora do emprego industrial também pode ser percebida
nos indicadores de média móvel trimestral (0,3%), o melhor resultado
desde fevereiro de 2012 (0,6%). A taxa de abril interrompeu três meses
consecutivos de queda, período em que acumulou queda de 0,4%. Lobo chama
atenção ainda para a redução da intensidade das taxas negativas
captadas pela pesquisa, como a de pessoal ocupado comparado a abril de
2012, de -0,5%. Em março, a taxa foi de -0,7%.
Embora negativo, o índice apresenta a queda menos intensa
registrada desde janeiro de 2012 (-0,4%). Outro indicador de melhora é
que a folha de pagamento permanece crescendo, tendo apresentado resultados positivos em todas as bases de comparação.
Ante março, avançou 0,2% e, em comparação a abril de 2012, 2,6%.
"Apesar de certa estabilidade do emprego industrial, o pessoal ocupado
tem recebido massa salarial cada vez melhor. Talvez por causa da
qualificação dos funcionários", destacou o economista do IBGE.
Fonte: WSCOM
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